terça-feira, 26 de junho de 2007

reticências

levou as mãos aos bolsos das calças. depois aos o casaco. voltou a procurar na mala. e novamente nos bolsos. sabia que tinha escrito algures a morada dele. ainda por cima as portas eram todas azuis, as janelas todas com cortinados brancos. um gato em cada uma. amores-perfeitos! havia qualquer coisa sobre amores-perfeitos na soleira! mas não sabia a cor... e todas tinham amores-perfeitos na soleira.

sentou-se nos degraus da casa à sua frente e, com os cotovelos nos joelhos, apoiou a cabeça nas mãos. sabia que o tinha escrito num guardanapo e lembrava-se distintamente de o ter guardado no bolso das calças.

6 comentários:

Dora disse...

odeio quando isso me acontece...especialmente se for para ir ter com alguém especial...:)

sophy disse...

É horrivel nao é?
Gostei de te ler e de te encontrar......

Bjokas

Miúda disse...

Gostei.

sophy disse...

e o resto???

Bjokas

calamity jane disse...

Ora que bela maneira de conhecer um tasco novo. Entre tantos à escolha, resolvi-me pelo que era teu e só teu. E pelo nome mais enigmático. e pronto. Eis como se ganha um novo pretexto para fugir à obrigações do dia-a-dia. Tudo o que mete a palavra 'trama' me atrai. As tramas prendem-nos. Agarram-nos. Tramam-nos, a bem dizer.
Excelente

calamity jane disse...

E para quando mais tramas?